Ensino e Aprendizagem na Perspectiva Significativa: Desafios e Possibilidades.
Qual a importância de refletirmos o pensamento pedagógico? Como lidar com o abalo do paradigma científico/racional organizador da sociedade ocidental?
Com o fito de lhe orientar nesse Cenário Contemporâneo, em que um dos maiores desafios é SERMOS COMPETENTES onde busca-se, por necessidade uma formação integral. Visto que o Homem deste começo de século é inquieto e questionador.
Considerando o Cenário da Sociedade Contemporâneo heterogêneo e cosmopolita, pode ser caracterizado pelos seguintes elementos: – globalização; – cultura de massa; – crise da modernidade; – a janela eletrônica; – TV; – crise das instituições sociais; – modelo neoliberal; – robotização; – qualidade total; – internet; – sociedade do conhecimento; – biotermologias; – privatização; -transnacionalização; – exclusão; – inteligência emocional; – desemprego; – crise relacional; – valores; – meio ambiente; – consumismo; – hedonismo; – ética; – individualismo; – insolidariedade; – computadores; – perda da identidade; – clonagem; – guerras.
A Educação é um Processo, iniciado com o nascimento do ser, pretendendo fazer este recém nascido semelhante aos demais sujeitos da comunidade. Denomina-se conteúdo da educação a tudo que se ensina e aprende no processo educativo, sendo estes conteúdos divididos entre saber (conceitos, palavras, códigos e signos); saber-fazer (procedimentos, metodologias, habilidades de aprender) e valores (atitudes, valoração da realidade).
A Educação sistemática e escolar configuram os eixos essenciais do currículo acadêmico, além de apresentar uma finalidade dupla:
-De uma parte, dota o indivíduo de condições, permitindo-lhe desenvolver-se segundo certos objetivos;
-De outra parte, dota o ser humano de um referencial cultural defendido pela comunidade onde está inserido.
Uma vez que os Agentes Educativos podem ser divididos, em: – informais (família, igreja, sociedade, centros comunitários, dentre outros); – formais (escolas, universidades, faculdades) e – não formais (são aqueles segmentos que tem funções de educar, mas com perspectivas diferentes da educação formal, tendo como exemplo os meios de comunicação).
Ademais, a Educação, entendida como um processo, que possibilita ao homem construir-se, apresenta os seguintes elementos:
– finalidade (desenvolve um conjunto de preceitos baseado nos objetivos desejados e planejados);
– conteúdo (está fundamentado nos objetivos que se deseja cumprir);
– ação ou intervenção educativa (são os fazeres metodológicos que possibilitam a aprendizagem do aluno).
Portanto, podemos dizer que a Educação transforma o Educando em Educado, sendo este o efeito esperado do processo educativo.
Dentre as diversas modalidades de conhecimento, tem-se o Conhecimento Científico que busca informações e teorias universais, cujo campo de aplicação seja o mais extenso possível. Estes são obtidos de maneira planejada, sistematizada e controlada, por meio de teorias objetivas, com métodos e técnicas específicos, para que se permita a verificação de sua validade. Tal saber é registrado em uma linguagem rigorosa, possibilitando a sua transmissão e ampla utilização. Este é o tipo de conhecimento científico praticado no meio acadêmico.
Em suma, é o conhecimento planejado, avaliado, expresso em linguagem culta/rigorosa, fundamentado. É a expressão da racionalidade que traz possibilidade e objetivos de intervir efetivamente no mundo.
Nesse diapasão, a História do Pensamento Ocidental pode ser dividida em três megaparadigmas, quais sejam: – pré-moderno; – moderno; – pós-moderno.
Pós-Modernidade – Este período ou mudança paradigmática, inicia-se a partir da segunda metade do século XX. Este novo paradigma ataca a modernidade, apresentando uma interpretação hostil de tudo aquilo que as instituições de ensino acreditam e defendem. Nesse sentido, esse período pós-moderno está inserido em um contexto de encruzilhada cultural, em que foi necessário repensar e rever os paradigmas.
Nessa esteira, existem alguns princípios do conhecimento pós-moderno e sua interface com a educação escolar, tais quais:
– imprevisibilidade: busca da renovação constante dos nossos conhecimentos;
– interpenetração: é a agregação de novos conhecimentos aos já adquiridos;
– auto-organização: priorizar o planejamento, hierarquizar;
– irreversibilidade: é uma tentativa de conciliar a tecnologia com a racionalidade;
– desordem ou caos: sociedade complexa, como lidar com a diversidade.
Resta claro, que diante das provocações, colocadas pela Era do Conhecimento, é preciso encontrar novas respostas para os desafios das maneiras de pensar e de aprender no mundo globalizado, no mundo da cibercultura.
Os Novos Desafios para a Educação Contemporânea:
– A educação deverá transmitir nesse começo de um novo milênio, de forma maciça e eficaz, CADA VEZ MAIS SABERES E SABER-FAZER EVOLUTIVOS, adaptados à civilização cognitiva;
– Compete à educação encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficar submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras;
– À educação cabe fornecer, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele.
O Professor Moderno depara-se com os desafios da Inovação, vez que:
– Não é viável inovar permanecendo o mesmo;
– Só se muda o que se elabora pessoalmente,
– É contraditório questionar sem ser questionado.
Não obstante, precisa haver um processo de formação continuada, tendo os seguintes caminhos a percorrer:
*pesquisa;
*elaboração própria;
*teorização das práticas;
*atualização permanente;
*instrumentação eletrônica;
*avaliação processual;
*interdisciplinaridade.
Relações Disciplinares/Integração dos Conhecimentos:
Atender à determinação das Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNs significa promover a união de partes de disciplinas diferentes, seguindo um critério de organização do conhecimento, diferente do esquema tradicional.
Pode-se estabelecer três graus de relações disciplinares:
- Multidisciplinaridade: que é a organização mais tradicional, conteúdos apresentados por matérias estanques, independentes umas das outras, é a organização mais comum presente nos cursos universitários;
- Interdisciplinaridade: é a integração entre duas ou mais disciplinas variando desde a simples comunicação de idéias até a integração recíproca dos conceitos fundamentais, sendo utilizada nos currículos integrados;
- Transdisciplinariedade: é o grau máximo de relações entre as disciplinas que supõe uma integração global dentro de um sistema, sendo infelizmente essa organização ainda mais um desejo do que uma realidade
Competências: Dimensões Educacionais que devem ser trabalhadas no lócus da Escola:
- Dimensões Intelectuais: São as competências necessárias para reconhecer e definir problemas, equacionar soluções;
- Dimensões Sociais: São as competências necessárias para atitudes e comportamentos necessários para transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho e vice-versa;
- Dimensões Comportamentais: São as competências necessárias para demonstrar o espírito empreendedor e capacidade para a inovação, iniciativa, criatividade, vontade de aprender, abertura às mudanças, consciência da qualidade e implicações éticas do seu trabalho.
Assim sendo, as COMPETÊNCIAS cobradas pela sociedade do conhecimento são:
- Coeficiente de Inteligência Lógica;
- Coeficiente de Inteligência Emocional;
- Coeficiente de Inteligência Cognitiva.
CONCLUSÃO
Nos dias atuais, a escola não é mais o único local onde se pode adquirir conhecimento técnico-científico ou de desenvolvimento de habilidades cognitivas, além de competências sócias necessárias a vida prática.
Segundo Libâneo, a Escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo.
O desafio é descobrir meios de nos adaptarmos para continuar ensinando e aprendendo, porém de acordo com o que o novo mundo demanda. Isso envolve o engajamento em sala de aula na era tecnológica, as mudanças no cenário educacional e como os professores, pais e alunos estão envolvidos nesse processo. As salas de aula estão em constante transformação e é preciso uma renovação na forma de ensinar, porém não necessariamente se desfazendo de tudo aquilo que até então usávamos
Com a globalização, mudam-se as práticas escolares tradicionais e a atuação dos docentes, que precisam estar cada vez mais aptos a essas novas demandas, e se adequar às novas tecnologias, pois elas são muito mais atraentes às crianças e jovens de hoje.
No processo de Aprendizagem, ninguém aprende sem elaborar!! Não dá para aprender apenas assistindo Aula. Temos que fazer o aluno pensar. O professor precisa gerar dúvidas em seus alunos.
Os eixos indissociáveis em torno dos quais giram, ou deveriam girar as propostas educacionais são a INSTRUÇÃO e FORMAÇÃO ÉTICA dos futuros cidadãos e das cidadãs. Consistindo em um dos objetivos da Educação.
Sendo assim, a Política da Igualdade deve ou deveria reconhecer os direitos humanos, o exercício e os deveres da cidadania, além da busca pela equidade e combate à todas as formas de preconceitos e discriminação.
Portanto, por parte de nós educadores, vivemos a cada dia, novos desafios para aprender e ensinar. Ser um professor moderno, é ser um professor reflexivo.
Reflexão: “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo e, sim, um hábito”. Aristóteles.
Prof. Louise Patente – Pedagoga e Advogada Sistêmica. Especialista em Docência do Ensino Superior. Especialista em métodos adequados e consensuais para solução de conflitos. MBA em andamento em Gestão de Pessoas por competências, indicadores e coaching.
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