3 mitos sobre a relação entre professores e alunos
No dia a dia do professor e aluno, uma das coisas mais importantes é a relação que se estabelece. E essa relação independe da idade ou grau de formação do aluno. Quando educadores e educandos mantém um bom relacionamento, o aprendizado torna-se eficiente e inicia a partir desta relação, uma melhor engajamento acadêmico e comportamental dos nossos alunos.
1# – A relação de poder e submissão:
Muitos de nós já ouvimos ou vivenciamos a história de que o professor é o detentor do conhecimento.
O panorama da relação aluno vs professor mudou completamente. O professor transformou-se e seu principal papel é o de orientador.
Ele permite-se sair da posição de autoridade máxima para contextualizar e usar sua criatividade em suas aulas e fazer do processo ensino aprendizagem, algo simples e encantador.
#2 – O professor não consegue aplicar a inclusão em sala de aula:
Esta é uma questão séria e merece ser apresentada com maior propriedade. Quando o assunto é a prática pedagógica na perspectiva inclusiva, nossas escolas possuem lacunas, porém, nosso corpo docente é humanizado e isso é a grande diferença do contexto.
Podemos encontrar instituições onde o monitor que acompanha os alunos de inclusão nem sempre está preparado para desempenhar bem seu papel de facilitador, mas existe um educador nesta sala de aula e a maioria deles, desempenham um papel humano onde desdobram-se com novas diretrizes e a vontade de fazer acontecer o aprendizado do aluno.
O professor está muito atento e sensível à necessidade do aluno de inclusão, inclusive à socialização dele ao grupo é harmonizando a classe para recebê-lo e apoiá-lo em todo o sentido, seja acadêmico e social.
#3 – O professor reprova o aluno?
Ainda existe uma ideia de que a escola possui um sistema rígido-punitivo-discriminatório e que o professor reprova.
Por outro lado, sabe-se que a escola reconhece cada vez mais os avanços da trajetória acadêmica dos alunos e considera suas etapas como parte da construção do próprio sistema de aprendizagem.
Talvez esta seja a definição mais atualizada da avaliação escolar. Hoje, têm-se em mente que Avaliar não é reprovar, mas sim, compreender e promover a cada momento, o desenvolvimento pleno do indivíduo que se submeta ao processo de alfabetização e de aprendizagem em geral.
Não há interesse algum do professor em reprovar. Hoje o professor consegue avaliar o aluno não apenas quantitativamente, mas qualitativamente.
O professor reconhece o esforço daquele aluno, reconhece que ele busca compreender o que lhe é ensinado. Reconhece que o aluno cumpre suas obrigações enquanto estudante e aplica seu tempo em executar tarefas que são necessárias para o processo de aprendizagem e valoriza a educação como um todo.
Até porque hoje o professor também se coloca envolvido diretamente nesta avaliação, afinal, se o aluno não se saiu bem, até que ponto este educador conseguiu promover o interesse e o bom desempenho deste aluno?
Existem diretrizes para fazer esta avaliação como um todo e, principalmente, existe um professor que cuida deste aluno.
Conclusão
Quando o professor fomenta, em sala de aula, o senso de grupo e de pertencimento aos alunos, existe um maior engajamento e consequentemente, melhores resultados.
Esse sentimento deve estar presente para estimular os estudantes, não só na vida acadêmica e também no processo social deste aluno. As atividades em grupo, as intervenções em sala, os grupos de estudos e discussões, oferecem estímulos de cooperação e atuam como agentes de transformação em nossos alunos.
Fabiana Tonholo – Pedagoga e Fonoaudióloga. Especialista em Docência do Ensino Superior. Especialista em Educação Montessori. Psicopedagoga escolar, Mestre em Educação e Mestranda em Políticas Sociais pela FUNIBER. Possui ampla experiência em Gestão Educacional e coordenação escolar. Professora da Uniplena Educacional
Obrigado pela orientação