Por que tudo o que você sabe sobre a desvalorização do professor é uma mentira?

Não só o Brasil, mas vários países, atravessam enormes modificações sociais, políticas, culturais e especialmente, econômicas. 

Neste momento em que você faz a leitura do presente texto, estamos vivendo uma época peculiar no planeta em razão da pandemia do Coronavírus (Covid 19). 

Experimentamos uma reinvenção em casa ou onde há circulação necessária de pessoas, como por exemplo nas ruas e nos supermercados.

E por que, apesar desse assunto ser global e amplo, iremos focar na valorização do profissional da educação – o professor?

O processo de internacionalização do comércio está sendo administrado por dirigentes econômicos neoliberais. 

A educação não está imune a esse processo. Reformas curriculares ocorreram em todos os países marcados pela valorização da formação estudantil com a implementação de um espírito de ação e liderança, da capacitação para o trabalho em grupo e do uso das tecnologias. 

O momento exige um aumento substancial da capacidade de se obter informação em tempo real e informação educacional dentro de casa. 

É necessária a exploração de novas tecnologias da educação que antes eram vistas apenas em grandes congressos educacionais, em alguns cursos EAD, simpósios, entre outros.

Enquanto educadores, reconhecemos que o termo informação não é sinônimo de conhecimento. Embora caminhem juntos, a informação está mais ligada aos fatos e pode ser levada em alguns momentos de forma ilimitada às pessoas. Já o conhecimento, é abrangente e especial. 

Ele resulta da compreensão da procedência da informação. Sua apropriação é feita por meio da construção de conceitos, possibilitando a leitura crítica da informação, um dos processos necessários para adquiri-lo.

Ressalta-se que o professor atualmente, com tantas ferramentas, está conseguindo avançar, ainda que à distância, fazendo com que o aluno desenvolva as mesmas capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão crítica mais ampla, com alicerce na informação virtual.

A inclusão da educação digital desenvolveu conhecimento, habilidades, técnicas e novas formas de tarefas pedagógicas. 

O conhecimento não pode se reduzir apenas ao saber fazer, a aprender a usar e a aprender a comunicar, mas se vincula à capacidade de adaptação às mudanças do processo educacional, imposta por uma pandemia, como no nosso caso. 

A educação é um caminho de acesso ao conhecimento significativo, que se caracteriza por propiciar um saber que liberta. 

A assimilação do conhecimento, ainda que à distância, pode permitir uma elevada capacidade de compreensão e novas habilidades. Nesse processo o professor é o mediador da interação do aluno com o conhecimento, visto que deve proporcionar ao discente o mundo da informação, da técnica e da linguagem, visando à construção do pensamento, das aptidões e de atitudes, possibilitando aprendizagens significativas. 

O papel do professor continua sendo o de auxiliar o aluno a desenvolver sua aptidão de pensar, mediante a técnica do diálogo, além de estimular a capacidade cognitiva do aluno através do saber aprender, saber fazer, saber agir, saber conviver e do autoconhecimento. 

O educando está reaprendendo a ser sujeito do próprio conhecimento, buscando informação, como ser pensante, de maneira prática e analítica. 

O professor reaprendeu ao transformar a sala de aula, à distância, num local mais agradável, motivador e prazeroso. É necessário estimular a solidariedade mediante os valores democráticos e éticos. 

Nesta fase, o professor aperfeiçoa suas técnicas de comunicação e constrói formas mais competentes do conhecimento expressivo. 

Assume uma atitude interdisciplinar passando do conhecimento interligado para o particularizado e deste para o integrado, respeitando a diversidade dos indivíduos. O docente entra na casa do aluno e se expõe da sua. 

Ele convive com as diferenças e compreensões de vida. Ele cultiva, através da Educação, valores de solidariedade. 

Os novos tempos exigem um padrão educacional voltado ao desenvolvimento de um conjunto de habilidades e competências essenciais, de forma que os alunos compreendam e reflitam acerca da realidade. Novos e gigantes desafios se descortinam a partir de agora. 

O maior deles diz respeito à descoberta de construções que permitam desenvolver nos estudantes a confiança em suas capacidades de criar, de construir e reconstruir, através de uma sala de aula remota, seja em uma aula síncrona ou assíncrona, considerando o desenvolvimento de competências e habilidades, e não mais somente por meio de conhecimentos. 

E o professor, acredite, será notoriamente valorizado pelo grande impacto que causará numa sociedade que, hoje, não percebe grandioso feito. Afinal, a Educação não pode parar! 

A Escola também não! O Conhecimento, jamais será interrompido! Em tempos de crises, transformamos vidas!

Fabiana Tonholo – Pedagoga e Fonoaudióloga. Especialista em Docência do Ensino Superior. Especialista em Educação Montessori. Psicopedagoga escolar, Mestre em Educação e Mestranda em Políticas Sociais pela FUNIBER. Possui ampla experiência em Gestão Educacional e coordenação escolar. Professora da Uniplena Educacional

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