A Educação do Brasil: O Professor e O Aluno na Contemporaneidade. As Tendências da Nova Educação.

Quem é o Professor na Contemporaneidade.

Ser professor moderno, ser professor reflexivo: É tempo de ser reflexivo? O que é ser reflexivo? É possível ser reflexivo? É desejável ser reflexivo?

Refletir, para agir autonomamente, parece ser uma das expressões-chave no contexto educativo neste começo de século.

No que diz respeito às Ciências da Educação e a Reforma do Sistema Educativo, fazendo uma breve contextualização, na década de 1980, o tema da Reforma voltou à ribalta da cena educativa na maioria dos países desenvolvidos. As orientações reformadoras prolongam a tendência dos anos 60 em favor das ciências, da matemática e da tecnologia, no quadro de uma maior coerência e estandardização dos conteúdos e de uma melhoria significativa dos resultados. O desejo de contribuir para a redução das desigualdades sociais transforma-se agora na vontade de assegurar uma maior EFICÁCIA SOCIAL dos sistemas educativos.

Nesse diapasão, as novas exigências do ensino e as imposições da sociedade do conhecimento necessita de uma aprendizagem significativa.

Sendo assim, requer-se um professor que seja capaz de

  • Dispor do conhecimento técnico em determinada área de conhecimento;
  • Deter uma visão de futuro, e que atenda a velocidade das transformações tecnológicas e mudanças sociais;
  • Atuar como um mediador do processo de aprendizagem, que colabore para que o aprendiz chegue em seus objetivos;
  • Organizar e dirigir situações de aprendizagem, que seja apto a explorar os conhecimentos, favorecendo a apropriação ativa do aluno;
  • Gerar sua própria formação contínua, formação pessoal, profissional e organizacional;
  • Exercer de maneira multicultural, sensível à heterogeneidade, ao arco-íris de culturas;
  • Ser reflexivo, além de tomar decisões e ter opiniões, que atende aos contextos em que trabalha;
  • Desenvolver atividades em equipe, participar de projetos e aceitar desafios da interdisciplinaridade;
  • Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão, além de desenvolver o senso da responsabilidade, da solidariedade, dentre outros;
  • Trabalhar com as novas tecnologias, comunicar-se por meio da internet e de outras tecnologias, bem como avaliar sua importância;
  • Lidar com as relações entre a aprendizagem e os instrumentos de avaliação.

Outro aspecto de suma importância nesse paradigma é sua concepção de conhecimento, sendo este compreendido como uma construção histórica e social, além de dinâmica, que necessita de um contexto para poder ser entendido e interpretado. Isto muda a concepção de ser professor.

O Docente precisa realizar um acolhimento:

Didático: que engloba o conteúdo, a metodologia, a avaliação e a motivação;

Interpessoal: criar um vínculo de confiança e de respeito, além do incentivo e da cooperação.

DIMENSÃO PEDAGÓGICA – Proposta Pedagógica

A Escola tem como proposta uma educação que seja capaz de proporcionar ao aluno uma formação libertadora, reflexiva e que amplie sua visão de mundo. Educar para o exercício da cidadania significa transmitir a todos os direitos que formalmente lhes são reconhecidos.

Tais objetivos têm como eixos principais a valorização do pluralismo e do confronto de idéias, a tolerância e a cooperação como meios de desenvolvimento de capacidade para a convivência integrada e não discriminatória. Isto implica no incentivo ao respeito mútuo para uma convivência social pacífica, considerando a pluralidade cultural, social, política e religiosa da sociedade.

Sendo assim, a escola como seu Projeto Político Pedagógico pretende:

  • Proporcionar aos alunos reflexão para ações em sociedade, com respeito, princípios e valores;
  • Resgatar valores morais e éticos, através da arte do bem pensar e do agir;
  • Promover e manter estratégias inovadoras e criativas para bem ensinar, estimulando experiências que desenvolvam a percepção das diversas expressões artísticas, buscando a sensibilidade estética e a criatividade;
  • Desenvolver a autonomia, instigando a curiosidade, através da análise e pesquisa da realidade, sempre com postura crítica e reflexiva, buscando a transformação para o bem-estar pessoal e coletivo;
  • Instrumentalizar através de conhecimentos, recursos, habilidades e competências que preparem para as novas exigências do mundo contemporâneo do trabalho;
  • Motivar ao exercício da cidadania, considerando todos co-participantes do processo de preservação, restauração e transformação da natureza e da sociedade em que vivemos, adotando atitudes de respeito ao meio ambiente;
  • Possibilitar o conhecimento, a valorização e o cuidado do corpo para a adoção de hábitos saudáveis e responsáveis em relação à saúde e à sexualidade;

A Educação, a partir desse enfoque, deve ser vista como meio de difusão, socialização e de reconhecimento dos direitos civis, políticos e sociais. Uma sociedade autônoma, onde o aluno seja o protagonista de seu conhecimento e que seja capaz de acolher a diversidade e respeitá-la. A Escola, em consonância com o estabelecido pela Lei 9.394/96, tem por objetivo gral desenvolver no aluno:

  • A capacidade de assumir suas responsabilidades e compreender seus direitos e deves para a participação consciente do homem integral;
  • Conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à sua participação atual e futura na vida social;
  • A capacidade de reconhecer as suas próprias aptidões, visando ampliar as suas possibilidades vocacionais e à preparação profissional, utilizando-se de um espírito crítico, a criatividade e o senso estético;

Enfim, a comunidade escolar repensa constantemente o seu papel pedagógico e sua função social. Para tanto, se faz necessário refletir sobre a escola que temos: se voltada para os interesses políticos, se discriminadora e produtora de mecanismos de controle que impedem que os nossos estudantes consigam enfrentar em condições de igualdade ou como melhor enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

ALUNO, COMPORTAMENTOS QUE DIFICULTAM O PENSAR:

  • Impulsividade;
  • Excessiva dependência em relação ao professor;
  • Incapacidade para concentrar-se;
  • Incapacidade para ver o significado;
  • Rigidez e inflexibilidade de comportamento;
  • Falta de disposição para pensar.

PRINCÍPIOS PARA APRENDER HOJE: APRENDER MAIS E MELHOR, NESTO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO:

  • Assuma uma postura ativa frente ao conhecimento;
  • Envolva-se com os conhecimentos;
  • Viva processos de aprendizagem;
  • Entenda a aprendizagem como um processo permanente;
  • Focalize-se em desenvolver habilidades e competências;
  • Busque a formação integral;
  • Seja autor daquilo que faz;
  • Reflita de forma hipertextual;
  • Pense que integre uma inteligência coletiva;
  • Imagine sua aprendizagem de valores e traduza-se numa ação coerente.

Dentre as tendências da Nova Educação, As Instâncias de Formação estão preparadas para atuarem neste contexto da Ciber – Cultura ?

No caso das Escolas, encontramos alguns problemas:

  • Os vestibulares e a certificação, ainda, são elementos decisivos. Além destes, os determinantes curriculares, os programas e até os tipos de avaliação;
  • Massificação: tudo é ensinado para todos ao mesmo tempo;
  • Compartimentalização das disciplinas;
  • Existe um descompasso entre currículo, vida e trabalho;
  • Refúgio na avaliação punitiva, classificatória e rotuladora,

CONCLUSÃO

Vale salientar que a figura do professor sempre ocupou um papel central na Educação.

Interação social, comunicação, compartilhamento, colaboração e cooperação devem se entrelaçar, como fito de facilitar a aprendizagem. Tais elementos precisam estar presentes numa atividade interativa, seja presencial ou virtual, sendo mediada pelo professor, pois ele é o coordenador que, além de mediar, organiza o espaço e as atividades a serem desenvolvidas. 

É um novo enfoque do professor, de ser um mediador da aprendizagem, envolvendo-se junto com os alunos, interagindo e não mais da figura do Mestre que detém o saber.

O ensinar e o aprender seguem uma nova direção, muito mais dinâmica, questionadora, participativa.

Aprender a compartilhar, a cooperar, a respeitar outros profissionais, outros conhecimentos e outras experiências é o primeiro grande desafio do professor.

Segundo Paulo Freire, o professor deve provocar rupturas, utilizando-se da educação como prática social de formação humana.

É necessário que o professor queira ser reflexivo, além de critico, que busque constante inovação de seus métodos. Além de haver uma permanente atualização do conhecimento.

“O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada\ no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso, os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.” Rubem Alves

Prof. Louise Patente – Pedagoga e Advogada Sistêmica. Especialista em Docência do Ensino Superior. Especialista em métodos adequados e consensuais para solução de conflitos. MBA em andamento em Gestão de Pessoas por competências, indicadores e coaching.

1 Comment

  1. O material faz um reflexão dos desafios, superações e renovação do professor em seu processo de ensino ensino na busca constante de novas práticas como facilitador de aprendizagem.

Deixe um comentário