Plataformas educacionais demandam novos pedagogos
Atualmente, as plataformas educacionais demandam um pedagogo inteirado com a tecnologia da informação.
Este fato significa que uma plataforma educacional não é somente estruturada por programadores. Ou seja, designers, programadores, divulgadores e outros profissionais de tecnologia trabalham em conjunto com pessoas ligadas à pedagogia.
Os dias atuais estão cada vez mais ligados ao pensamento coletivo, o pensamento em equipe. Este fator cobra do pedagogo uma postura de interação. Portanto, quem faz faculdade de pedagogia e mais outras complementações em sua formação necessita ter um olhar apurado para o setor tecnológico.
Que são plataformas educacionais
Basicamente, uma plataforma educacional abrange um ambiente de ensino digital. Isso quer dizer que ela é uma ferramenta que possui inúmeras possibilidades e funcionalidades.
Neste sentido, ao mesmo tempo em que se apresenta como ferramenta digital, ela precisa ser um ensino EAD que se aproxima muito do ensino presencial.
Este novo modelo de ensino está tomando muito espaço no mercado educacional atualmente. Assim, a utilização da tecnologia na educação está se consolidando como opção segura e viável para a educação.
A plataforma digital oferece uma estrutura educacional semelhante a uma sala de aula.
No entanto, para esta funcionalidade ela utiliza o Learning Management System (LMS) que é um sistema de gestão de aprendizagem.
Este sistema é voltado para atender as necessidades de cada aluno, nele tem informações necessárias para o educador gerir o percurso de seus alunos.
O que é LMS ( Learning management System)?
Basicamente, o LMS é um sistema de gestão de aprendizagem elaborado em um software. Portanto, ele tem a função de hospedar um curso e proporciona o suporte para o processo de ensino.
Geralmente, o programa é acessado pela nuvem e suporta muitos tipos de conteúdo como: textos, imagens, áudios, vídeos, testes e outros.
A utilização do LMS abrange, escolas e faculdades que querem estruturar um curso EAD, profissionais que querem vender um curso online para aumentar sua renda e empresas que querem possibilitar um treinamento digital para seus funcionários.
Como funciona a plataforma LMS
O LMS é um software que hospeda cursos online como já vimos. No entanto, existem muitos outros que operam desta mesma forma e atendem a todo tipo de perfil de consumidor.
Contudo, o LMS é uma plataforma que permite configurar vários tipos de acesso para usuários voltados para elaboração de cursos.
Estes usuários se dividem em dois grandes grupos:
- Educadores e gestores: Preparam cursos, avaliam resultados, gerenciam listas de alunos e acessos, elaboram plantão de dívidas etc.
- Alunos: Adquirem acesso ao curso, avançam nas etapas, e procuram obter aprovações para evoluir nos níveis de ensino.
Comparação entre AVA e LMS
Entre muitas plataformas utilizadas no ensino a distância existe também o AVA. Esta sigla se refere ao Ambiente Virtual de Aprendizagem, funcionalidade que é muito semelhante ao LMS. Contudo, segundo Richard Pinner, professor da Sophia University de Tóquio, o LMS é mais voltado para empresas e o AVA para propósitos educacionais.
No entanto, as funcionalidades são muito semelhantes, permitindo o uso das duas plataformas tanto em projetos educacionais como empresariais.
Vale lembrar que a atuação do pedagogo também é muito semelhante, seja em ambientes educacionais ou empresariais. Atualmente, existe uma grande demanda de empresas em torno do pedagogo para trabalhos de treinamentos e RH.
Formação pedagógica e designer instrucional
A utilização do LMS e do AVA precisa, atualmente, de um profissional de pedagogia bem preparado nas questões tecnológicas e na elaboração didática.
Neste sentido, quem busca formação em pedagogia fazendo até mais de uma graduação precisa focar basicamente para a elaboração de cursos EADs. Para este objetivo o pedagogo está se tornando um design instrucional ou educacional.
O papel do designer instrucional em uma sociedade informatizada é cada vez mais demandado. A utilização de plataformas educacionais intuitivas acompanhado de um plano instrucional bem estruturado pode fazer o ensino a distância ser até melhor que o presencial.
Basicamente, em um curso a distância precisa da elaboração de materiais didáticos apropriados. Ou seja, ele precisa ser construído de maneira dialógica e facilitada. Isto significa que este curso deve direcionar os alunos para a interação com a plataforma. Além disso, é preciso que estes cursos desenvolvam competências exigidas para o século XXI.
Fundamentalmente estas competências são pensamento crítico e reflexivo, criatividade, raciocínio lógico, proatividade, persistência e resiliência.
Além desses aspectos, este século cobra de todos os profissionais a eficiência na resolução de problemas, o cooperativismo e a utilização de ferramentas digitais (Delors, 2001).
O papel do designer instrucional
A interação com áreas da tecnologia na formação pedagógica faz do pedagogo também um designer instrucional. O conceito de designer instrucional surgiu antes do desenvolvimento tecnológico em que vivemos hoje. Contudo, a origem deste conceito é atribuída à época da segunda guerra mundial onde houve a necessidade de metodologias que preparassem os soldados para utilização adequada de armamentos e desempenho.
No entanto, atualmente o pedagogo com perfil de designer instrucional volta a surgir conectado à tecnologia. Na conceituação de Filatro (2008) sobre designer instrucional ela pontua as suas principais ações. Ou seja, o DI é um pedagogo voltado para o desenvolvimento e aplicação de métodos, atividades, materiais em situações didáticas específicas. O objetivo principal do designer instrucional é facilitar a aprendizagem humana. Contudo, este conceito é mais utilizado no Brasil atual voltado para a criação de ambientes de aprendizagem digitais. Ou seja, hoje o pedagogo precisa trabalhar ligado à tecnologia digital da informação e comunicação (TDIC).
Neste sentido é bastante utilizado o modelo ADDIE.
Plataformas educacionais e modelo ADDIE
A princípio, o profissional formado em pedagogia atualmente precisa estar preparado para ampliar seu leque de atuação.
Assim, ele não precisa se limitar a sua atuação somente nas escolas de ensino fundamental e médio do ensino regular. Portanto ele pode atuar em várias situações, principalmente ás que requerem o uso de tecnologias.
Neste sentido, o modelo ADDIE é voltado para a elaboração de projetos educacionais.
Fases:
- Análise (A): análise do perfil do público para estipular metas e objetivos do curso
- Projeto/desenho (D): Definição de metodologias, instrumentos de avaliação, conteúdos, planejamento de ações didáticas e seleção de mídias que serão utilizadas.
- Desenvolvimento (D): Produção efetiva do curso
- Implementação (I): fase de por o projeto a dispsição do público
- Avaliação (A): Esta etapa tem três momentos: Avaliar os conhecimentos prévios para saber quais lacunas serão preenchidas com o novo conhecimento; avaliação somativa ao longo do tempo; e avaliação formativa que leva em conta o que os alunos aprenderam no processo de uma educação continuada.
Conclusão
Neste texto vimos como se processa a relação do pedagogo com a s plataformas educacionais.
Além disso, vimos que o papel atual do pedagogo se amplia cada vez mais. Portanto o estudante de pedagogia que investe em sua formação precisa estar atento para o campo tecnológico.
Na Uniplena o estudante terá pela frente um campo de pesquisa tecnológica atrelado ao desenvolvimento de metodologias educacionais.
Assim, atualmente a metodologia de ensinos ativos que proporcionam o desenvolvimento da autonomia dos alunos são muito demandados.
Resumindo, hoje o papel do pedagogo se amplia para mediador do conhecimento veiculado na internet, designer instrucional na elaboração de cursos nas plataformas digitais; e interação com as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs).

Pedro Guimarães – Mestre em música na área de Etnomusicologia pela UNESP. Professor de Música e Arte Educador nas seguintes Instituições: Serviço Social da Indústria (SESI); Centro de Educação Unificada da prefeitura (CEU); Faculdade Anhembi Morumbi; e Instituto Paulo Vanzolini (Formação de Professores). Músico multi-instrumentista e compositor de trilha sonora.
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